segunda-feira, 8 de junho de 2009

Dez grandes fases dos quadrinhos

Reparem bem no título acima! Não estou dizendo que vou falar das "dez melhores fases dos quadrinhos" mas sim citar dez grandes jornadas - runs, na gringa - inspiradíssimas, empolgantes como qualquer grande seriado da TV, e suficientes para fisgar leitores. Pelo menos para mim.

São apenas 10 agora, mas podem estar certos de que existem muitas mais, e que futuramente serão citadas em novos posts. Preparem-se para colocar o DC++ para funcionar, ou se aventurar no sebo mais próximo. Ou ainda abrir suas caixas de velharias:


- Giant-Size X-Men #1, Uncanny X-Men #94-280, X-Men #1-3



Chris Claremont escreveu os X-Men durante 17 anos. Não há como falar no sucesso dos mutantes sem reverenciar esse período. Praticamente tudo que fez dos X-Men um recordista de vendas surgiu aqui. E o véio ainda teve a sorte de contar com feras do lápis, como Dave Cockrum, John Byrne, Paul Smith, John Romita Jr. Marc Silvestri e Jim Lee. Obrigatório.


- JLA #1-41


Houve um tempo que a Liga da Justiça estava no ostracismo. Se hoje você não consegue imaginar uma banca sem o gibi do principal grupo dos quadrinhos, se adora o desenho da TV, você deve isso a Grant Morrison, que trouxe o grupo de volta ao patamar que merece em 1997.

- Amazing Fantasy #15, Amazing Spider-Man #1-200


"Virou apelação", você deve estar pensando. Até parece, mas não é. Se hoje parece impossível que qualquer série, seja nos quadrinhos, na TV ou no cinema, mantenha o alto nível por tanto tempo, é porque você não conheceu o auge da revista Amazing Spider-Man. E a edição #200 marca finalmente o confronto do herói com o responsável pela sua existência. E não termina como você imagina.

- Daredevil #168-191


Carne de vaca, figurinha fácil em qualquer lista de "melhores", mas não é nenhum exagero. Os dois anos em que o então novato Frank Miller cuidou dos roteiros e da arte da então falida revista do Demolidor não serviram apenas para tornar relevante um personagem de segundo escalão. Foi um daqueles momentos em que você percebe que não dá mais pra dar gibizinhos para as crianças brincarem.

- JSA Secret Files, JSA #1-81



Você, caro ouvinte, assistiu o filme Watchmen e achou legal aquele grupo de heróis retrô, que lutou na Segunda Guerra e usava uniformes de cosplay? Pois saiba que isso já existia muito antes, e que infelizmente foi relegado ao limbo, numa época em que a DC Comics tinha vergonha de ser a irmã mais velha. Em 1999, dois caras resolveram dar à Sociedade da Justiça a importância que merecia, e o resultado é espetacular. Bem vindos à família!


- Animal Man #1-26



Olha o Morrison aqui de novo! (e você ainda vai vê-lo mais uma vez neste post). No primeiro trabalho do escocês para a DC Comics, um personagem de quinto escalão se torna estrela por se envolver em temas atuais (até hoje, 20 anos depois) e encarar a sua própria realidade. Realidade? De gibi? Sim, essa mesma!


- Starman #1-80



Heroísmo se passa de pai para filho? Conheça Jack Knight, o relutante filho do Starman original, que não tem nenhum interesse em manter o legado do pai. O que o faria mudar de idéia? Ele está à altura do serviço? Uma das melhores séries dos anos 90, que não foram tão improdutivos como pintam.


- Incredible Hulk #245-300


Bill Mantlo foi um dos grandes nomes da Marvel Comics nos anos 70 e 80, até um acidente interromper sua carreira. Ele trabalhou com o Hulk por mais de cinco anos, e este é seu grande momento. Não apenas dele, mas também do Hulk, visto por muitos incautos como um personagem raso. De criaturas da noite a corporações internacionais, de seres cósmicos a questão Palestina. Já está surpreso?
- Preacher #1-66 +especiais
Outra figurinha fácil. Jesse Custer se torna o emissário de uma criatura divina chamada Gênesis, e parte - em companhia de seus amigos Cassidy e Tulipa - em busca de Deus. O grande trabalho da carreira de Garth Ennis. Palavrões, escatologia, romance e muitos tiros. Tarantino morre de inveja por não ter pensado nisso antes.
- New X-Men #114-154
A franquia mutante vinha se arrastando por quase 10 anos, amparada apenas em seus fãs (e fã tá lá na saúde e na doença), já que boas histórias eram (muito) escassas. Até chegar Grant Morrison! Uma chacoalhada geral no universo mutante, que serviu de base para coisas (algumas impensáveis) que norteiam os títulos até hoje.




Divirtam-se e não mudem de estação!

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